terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lift Minceur Haute Definition – Tratamento que libera a gordura mesmo dos lugares mais difíceis



O novo Lift Minceur Haute Definition é um tratamento que libera a gordura adicional mesmo dos lugares mais difíceis. Como seus ‘antecessores’, o Lift Minceur Haute Definition continua como o único tratamento da pele que atua simultaneamente e libera as três moléculas de gordura. O Lift Minceur Haute Definition acaba com a barreira ao redor dos lipídios graças ao extrato Blue Button Flower, que modela as áreas problemáticas e acelera a redução de celulite.
Uma outra inovação de Clarins é a absorção reforçada da cafeína. Um ingrediente essencial para o processo da lipólise que não é absorvida facilmente pela pele porque é solúvel na água e insolúvel no óleo. O produto aumenta significativamente a biodisponibilidade da Cafeína (+ 61.4%) com a adição de uma dose de fosfolipídios do girassol, que são ricos em ácidos graxos essenciais, trazem hidratação para epiderme.
O produto fecha a porta sobre novo ataque da celulite.
Clarins continua a usar os ingredientes bem-sucedidos: plantas que atuam nas fontes de aparência e reaparecimento da celulite por limitar a formação de gordura armazenada, retardando a propagação do tecido adiposo, reforçando a consistência da pele.

Preço Médio Sugerido 200ml – R$ 225,00
Clarins -SAC: 0800 704 3440

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Camburi Gastronômico 2009 começa amanhã (de 13 a 22 de novembro)


Os Restaurantes Antigas, Cantinetta, Manacá, Ogan e Pitangueira criaram cardápios especiais para o evento, que antecipa a temporada de verão na praia de Camburi, em São Sebastião.
Durante os dez dias do festival, os restaurantes permanecerão abertos, servindo receitas leves, frescas e criativas, elaboradas com ingredientes locais, em especial os peixes e frutos do mar.
Para esta edição, Denise Mori, chef do Antigas, criou em parceria com Cecília Judkowich, um cardápio inspirado na cozinha judaica e apresenta receitas como o Guefilte de salmão com pepinos em conserva e o Camarões grelhados ao molho de damasco acompanhados de varenikes de gorgonzola.
No cardápio contemporâneo de Corrin Wilkinson, do Cantinetta, destacam-se as Vieiras seladas com blinis de batata ao molho bisque e ervas e o Camarão com melaço de romã, flor de alcachofra recheada com arroz selvagem e pupunha.
Edinho Engel, chef do Manacá, aposta nos peixes e técnicas caiçaras, preparados com ingredientes globalizados, como o Escabeche de Sororoca em carpaccio de pupunha e salada de feijão preto e os Escalopes de peixe espada ao molho agridoce com salteado de espinafres, cogumelos, cebolas caramelizadas e batatas bolinha.
Para o Ogan, o chef Valmir Alexandrini desenvolveu receitas originais e saborosas, como a Posta de Cambucu fresca em crosta de pó de arroz selvagem sobre purê de abóbora e as Lascas de Bacalhau sobre vinagrete de lentilhas vermelhas e chips de batata doce.
Jean Gras, do Pitangueira, apresenta duas sugestões clássicas: a Caldeirada de frutos de mar com polvo, lagosta, lagostim, camarão e peixe e as Ostras frescas.
Além do festival gastronômico, os turistas que descerem a serra às vésperas da temporada de verão, poderão aproveitar o trânsito e as praias mais tranqüilas e o charme rústico característico da praia de Camburi.

Camburi Gastronômico 2009
Data: 13 a 22 de novembro de 2009
Praia de Camburi – São Sebastião – Litoral Norte de São Paulo
Restaurantes participantes – Antigas, Cantinetta, Ogan, Manacá e Pitangueira
Central de Informações: (12) 9714-2231 das 15h às 22h

domingo, 8 de novembro de 2009

Verão pede Juquehy e Pousada Montão do Trigo


Esse verão promete e, uma ótima dica é a conhecida "Joia do Litoral Norte" de São Paulo, a praia de Juquehy. Uma paisagem exuberante, composta de areia fina e branca, águas transparentes e uma das melhores infra-estruturas de São Sebastião.
A praia é muito bem frequentada e é um dos pontos mais indicados para banho de mar e para dar aquela merecida esticada ao sol. O local também oferece opções de roteiros náuticos às ilhas Montão do Trigo e Cambaquara.
Para aqueles que não dispensam o conforto dos hotéis e pousadas, mas preferem fazer suas refeições fora, a região oferece inúmeras opções. Vale lembrar que Juquehy é puro glamour a beira mar!
Em meio a esse paraíso, exatamente a 145 km de São Paulo, está a Pousada Montão do Trigo.
O local é perfeito para quem quer pouca agitação e desfrutar de momentos de paz e tranquilidade, além de apreciar uma vista exuberante, ao lado da família, ou de alguém muito especial, nas férias, finais de semana e feriados.
A uma quadra da praia, a Pousada Montão do Trigo conta com 20 apartamentos, com opção de varanda ou jardim interno privativo, que são compostas por ar condicionado, frigobar, telefone, cofre digital, televisão de tela plana com acesso a TV a cabo (SKY), DVD e camas box queen-size. Alguns apartamentos acomodam até 4 pessoas.
Além do delicioso café da manhã, servido até às 11:00 horas.
A Pousada também tem piscina aquecida, com hidromassagem, bar e restaurante, sauna a vapor, sala de TV com acesso a 150 canais, sala de carteado, acesso a internet Wirelless, espaço para festas e eventos, serviços de praia e estacionamento com manobrista.
Pousada Montão do Trigo
Informações e reservas: (12) 3863-1129
Email: pousadamontaodotrigo@terra.com.br
Site: http://www.pousadamontaodotrigo.com.br/

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Autoramas digitais

Não é de hoje que ‘marmanjos’ continuam sendo seduzidos por brinquedos, mesmo que não sejam para idade deles. De bonecos colecionáveis à autoramas digitais, cada vez mais os adultos se tornam o principal consumidor desses objetos de desejos não só modernos, mais luxuosos e caríssimos. Na dudatoys store o brinquedo da vez são os autoramas digitais que, diferentemente dos autoramas analógicos, dão a possibilidade de ultrapassagem, maior velocidade, maior número de carros na pista e acessórios que complementam o brinquedo. Para quem acha que diversão não tem preço, a brincadeira sai R$2.830.

Dudatoys store
Rua Pedroso Alvarenga, 655 – Itaim Bibi – São Paulo
Tel.: (11) 3078-6428
Site: http://www.dudatoys.com.br/

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Kit traz vinhos assinados por grandes produtores


A Costazzurra preparou uma sugestão original e sofisticada importada diretamente da cidade de Bordeaux, na França, que é o kit francês LES PORTRAITS, composto por 3 "Petit-Chateau" de altíssimo nível, acondicionados em uma bela caixa de madeira.  Kit Les Portraits R$240,00 O LES PORTRAITS traz a assinatura dos produtores de vinhos Bruno Cazaufranc, Marie Cécile Martin, Jean François Carrère e Lionel Lespinas que, através de uma criteriosa seleção das melhores uvas destinaram seus conhecimentos no ramo para elaboração deste kit.
O Chateau Les Grandes Mottes é produzido 100% por uvas Merlot, que são frequentemente utilizadas na fabricação de vinhos tintos.
Já o segundo item que compõe o Kit é o Chateau La Croix Du Grand Jard composto por 80% das uvas Merlot e 20% das uvas originárias da França, a Cabernet Sauvignon.
E para finalizar esta seleção, o Chateau Saint – Sauveur que possui em sua fabricação 60% das uvas Merlot, 20% das uvas Cabernet Sauvignon e 20% das uvas Cabernet Franc, provenientes da região de Bordeaux, na França. Possui 13% de teor alcoólico.
O Kit LES PORTRAITS importado da França com exclusividade pela Costazzurra pode ser encontrado nas melhores delicatessen do Brasil.
SAC Costazzurra (11) 3864-1533

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fiquem ligados! I Salão Internacional do Luxo


O Brasil pela primeira vez reunirá as marcas mais sofisticadas do mundo no I Salão Internacional do Luxo, que será realizado em março de 2010, na cidade de São Paulo.
Com o crescimento do mercado de luxo, o setor atrai cada vez mais pessoas e empresas interessadas nas Feiras Mundiais de Luxuosidade com foco em negócios e bens de consumo.
Esta é a primeira vez que um evento como esse é realizado no continente americano. Trata-se de uma iniciativa ambiciosa que irá estimular o intercâmbio de informações, tecnologias, produtos, serviços e estratégias mercadológicas, consolidando as grandes marcas junto ao seu público.
A feira irá apresentar os últimos lançamentos de alto padrão produzidos a partir de parâmetros pontuais de conceito, design, qualidade de matéria-prima e acabamento como carros, iates, jatos, helicópteros, joias, relógios, moda, eletrônicos, tecnologia, casa e decoração, beleza e estética, imóveis de altíssimo padrão, publicações, galerias de arte, além de prestadores de serviços "Premium e de Luxo" como escritórios de arquitetura, design, paisagismo, empresas de lapidação de pedras preciosas, escultores, locadoras de helicópteros e de carros executivos, serviços de concierge, gourmet e muito mais.
Quando e Onde:
Nos dias 20, 21 e 22 de março de 2010 em um dos mais modernos centros de exposições da América Latina, localizado na zona sul de São Paulo, onde irá receber milhares de visitantes entre compradores nacionais e internacionais, além de importadores do mercado Premium e Luxo.
Obs: A programação incluirá exposições, conferências, seminários e apresentações para os participantes. Parte da renda do evento serão revertidas a AMA (Associação de Amigos do Autista).

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O universo picante - Pimentas

As pimentas - de diversas ardências, sabores e cores - valorizam o prato, aguçam o paladar, melhoram o humor, estimulam novas sensações e até fazem bem à saúde
Aroldo de Oliveira  / Fotos: Mauro Holanda


1 - Cambuci; 2 - Murici; 3 - Pimenta de Cheiro do Amazonas; 4 - Malaguetão ou Tripa de Mico; 5 - Pimenta de Bode; 6 - Brinco de Princesa; 7 - Cebolinha; 8 - Dedo de Moça; 9 - Malagueta; 10 - Pimenta de Cheiro; 11 - Cumari; 12 - Biquinho Doce; 13 - Americana;

Especiaria aromática tão utilizada quanto o sal no mundo inteiro, a pimenta é hoje um item da culinária (quase) fundamental à mesa. “Eu não diria que é fundamental, mas a pimenta dá um sabor e cor especial aos pratos”, diz a chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo. Baiana e grande estudiosa da gastronomia brasileira, ela utiliza as picantes em diversos pratos do cardápio de seu restaurante. “O tipo de pimenta mais exótico que já tive nas mãos foi o Chile Mulato, uma espécie que ganhei de uma amiga que foi ao México. É uma pimenta seca que, quando fresca, é conhecida como Poblano. Ela é muito popular no México, usada para fazer molhos e também ingrediente essencial para o famoso Mole, um molho de pimentas e chocolate servido com frango. O chili é muito cheiroso e dá um sabor de defumado ao prato”, diz ela. Mais do que um simples condimento, as pimentas, em muitas especialidades culinárias, ganham o papel principal na apresentação do prato. “Na França, em qualquer lugar que você vá, a mesa tem sal e pimenta. As pessoas estão acostumadas a utilizá-la no cotidiano”, diz o chef francês Laurent Hervé, do restaurante Eau, localizado no hotel Grand Hyatt São Paulo. Laurent, aliás, fala com entusiasmo sobre pimenta. Ele utiliza bastante em sua cozinha a pimenta preta (ou do reino), principalmente no preparo das carnes. Mas lamenta não encontrar no Brasil uma espécie que aprecia. “Gosto da Longa de Java, mas não existe aqui no Brasil. Ela fica excelente com um doce de abacaxi e doce de leite que faço, ou em um lombo de porco assado com maçã e chorizo”, conta. Algumas espécies de pimentas, ainda desconhecidas por aqui, podem ser encontradas na banca do “pimenteiro” Santo Rodrigues, no Mercado Municipal de São Paulo. “Nós não conhecemos nem um quarto dos tipos de pimentas que existem no mundo inteiro. Aqui no Mercadão eu vendo uma espécie mexicana bastante ardida, saborosíssima, que é a Scotch Bonnet, uma das mais fortes do mundo. Temos no País outras espécies muitos saborosas, como a Cumari-do-Pará, que adoro, e algumas da Bahia, como a Malagueta”, conta Santo, que diz comer, todos os dias, as pimentas cruas. “Muita gente pensa que pimenta faz mal, mas não. Meu médico pediu para eu continuar comendo mais, pois meu coração está em dia e minha saúde ótima”, diz ele, que tem 71 anos e há 38 mantém a famosa banca de pimentas no Mercadão.
Um pouco de história
Uma das principais características culturais das tribos indígenas que habitavam as terras brasileiras na época do descobrimento era o cultivo de pimentas. Após o descobrimento, as sementes e frutos passaram a ser cada vez mais cultivados, disseminado entre vários povos, utilizadas de diversas formas. Atualmente existem em torno de 20 a 27 espécies catalogadas e são originárias das Américas do Sul e Central. Supõe-se que o México e o Norte da América Central sejam os pontos de origem da espécie Capsicum annuum e que a América do Sul seja a origem da espécie Capsicum frutescens. Cristóvão Colombo foi o primeiro europeu a encontrálas, em sua primeira jornada ao novo mundo. Acreditando ter alcançado as Índias, nomeou os pequenos frutos vermelhos de pimenta devido a sua semelhança em sabor (não aparência) às Pimentas do Reino, mundialmente conhecidas na época e provenientes daquela região. O cultivo das ardidas tornou-se mundialmente famoso de maneira muito rápida, sendo levadas pelos exploradores portugueses e espanhóis, em meados do século XVI, para África e Ásia.
Pimenta é saúde
A pimenta, de modo geral, faz bem à saúde (a exceção são os que sofrem de males hemorroidários) e seu consumo chega a ser recomendado para quem tem enxaqueca. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é a capsaicina e ela também tem propriedades benéficas. Além de provocar a liberação de endorfinas – verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica – as substâncias picantes estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas também. Existem estudos que demonstram que a pimenta é um potente antioxidante (antienvelhecimento) e anti-inflamatório. E teria até propriedades anticâncer.
As pimentas - de diversas ardências, sabores e cores - valorizam o prato, aguçam o paladar, melhoram o humor, estimulam novas sensações e até fazem bem à saúde
Uma por uma
Confira as principais características de algumas espécies de pimentas bastante conhecidas e utilizadas no Brasil:



Capim Santo
Al. Min. Rocha Azevedo, 471 – Jardins
Tel.: (11) 3068 8486

Eau French Grill - Hotel Grand Hyatt São Paulo
Av. das Nações Unidas, 13.301
Brooklyn – Tel.: (11) 2838 3207

Santo Rodrigues - Mercadão Municipal
R. da Cantareira, 377 – banca 5051
Tel.: (11) 3326 5428

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Lançamentos: Cartier, Lalique, Jaguar e Grés Parfums


Natal, presentes, tempo de confraternização! Pensando nisso a Royal Opera Luxury Brands, importadora de perfumes e cosméticos de luxo, aposta este ano nos mais recentes lançamentos de Cartier, Lalique, Jaguar e Grés Parfums como sugestões de presentes.

Rosana Araujo / Fotos: Divulgação

O grande destaque são os novos coffrets de Cartier, em diversas versões:
Fragrância Eau de Cartier (100 ml), destinada a homens e mulheres, pode ser adquirida com um shampoo (100 ml) por R$ 262,40, ou com uma locação para o corpo (50 ml) e uma miniatura de seu frasco (com 5 ml), pelo mesmo valor de R$ 262,40.

O perfume Délices de Cartier é vendido em um Duo de frascos de 30 ml por R$ 309,18.
A embalagem de 50 ml é encontrada em um coffret com Body Milk (100 ml) ou Gel Duxe (100 ml) por R$ 259,76.
Para os homens, Cartier preparou um kit da mais recente fragrância masculina Roadster (100 ml), fresca e revigorante, que acompanha um desodorante (75 ml) e custa R$ 320,00.


A perfumaria francesa Lalique apresenta neste Natal um coffret especial, em formato de coração, direcionado às mulheres.
A caixa inclui um frasco da luxuosa fragrância Le Parfum (50 ml) e um creme (100 ml). O preço sugerido é de R$ 328,21.

A Royal Opera também aposta nos perfumes avulsos!
Para o público masculino, a nova fragrância de Jaguar promete bater recorde de vendas no final do ano. Intitulada Jaguar Classic Black, que faz jus ao renome e requinte excepcionais da marca e atende aos mais modernos e elegantes homens. O frasco de 100 ml custa R$ 281,00.


Já para as mulheres, a dica é a edição especial de aniversário de Cabochard, da Grès Parfums, que comemora os 50 anos de um dos mais clássicos perfumes femininos da história. Fragrância que conquistou o público feminino mundo afora, em que são usadas 6.400 flores de jasmim, 240 rosas da Bulgária e mais de 10 outros ingredientes originais.
Preço sugerido ao consumidor: R$116 (30 ml), R$140 (50 ml) e R$180 (100 ml)

Todos esses produtos podem ser encontrados nas principais perfumarias do Brasil e nas lojas TOP Internacional.
SAC – 0800 9709877

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Jóias mais que preciosas

Por Aroldo de Oliveira / Fotos: Divulgação


As joias são e sempre serão sinônimo de glamour, luxo e muita beleza. Feitas por verdadeiros artesãos, tornam-se objetos de desejo de todas as mulheres do planeta

Bvlgari
1. Colar de ouro com perolas rubis e diamantes.
2. Anel em ouro branco e rubis
Preços sob consulta. R.Haddock Lobo,1626, Jardins, Tel.: (11) 3081 8833


Ara Vartanian
3. Anel de ouro branco, diamantes negros e brilhantes
SAC: (11) 3044 0133
4. Bracelete de ouro branco com esmeralda, diamantes negros e brancos


Montblanc
5. Brincos da linha 4810 Clair de Lune. Fecho creole, com duas meias-luas de ouro branco maciço, de onde desprendem duas estrelas Montblanc cravejadas com 0,16 quilates de diamantes. R$ 18.713,52.
Boutique Montblanc Oscar Freire. Tel.: (11) 3068 8811

Louis Vuitton
6. Anel Empreinte de ouro branco com safiras rosas.
Preço sob consulta. R. Haddock Lobo, 1587, Jardins, Tel.: (11) 3088 0833


Talento Jóias
1. Cruz maleável de ouro branco com diamantes. R$ 17.897,00
2. Anel de ouro branco com diamantes e esmeralda. R$ 16.925,00.
R. Bela Cintra, 2.365, Jardins, Tel.: (11) 3081 9000



Vivara
3. Anel de ouro branco 18K com pavê de diamantes. R$ 8.925,00
4. Pulseira em ouro branco 18K, diamantes e quartzo fume. R$ 49.775,00.
Site: www.vivara.com.br

Cartier
5. Anel Bague Love de ouro amarelo com diamantes - R$ 15.278,00 R. Haddock Lobo, 1567, Jardins, Tel.: (11) 3081 0051

Carla Amorim
6. Brincos Petit Gateau com quartzo fume e diamantes brancos. R$ 14.470,00. R. Oscar Freire, 903, Jardins, Tel.: (11) 2146 1250

domingo, 11 de outubro de 2009

Festival Camburi Gastronômico 2009


Foto: Marcelo Henrique Vieira da Silva
Essa dica não dá para perder!
O famoso Festival Camburi Gastronômico 2009 antecipa a temporada de verão no litoral norte de São Paulo.
O evento é uma boa pedida para quem gosta de unir descanso, praia e boa comida.
Considerada um polo da boa gastronomia, a praia de Camburi, em São Sebastião, será palco da 9º edição do já tradicional Festival Camburi Gastronômico, que acontece de 13 a 22 de novembro.
O evento terá a participação de cinco badalados restaurantes: Antigas, Cantinetta, Manacá, Ogan e Pitangueira.
Durante os dez dias de festival, os restaurantes permanecerão abertos, servindo menus especiais. São receitas leves, frescas e criativas, elaboradas com ingredientes locais, em especial peixes e frutos do mar.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Robert Parker aprova Vinhos da Vistalba


A Vinícola Vistalba, do enólogo Carlos Pulenta, obteve um brilhante reconhecimento na última avaliação de Robert Parker, na revista americana Wine Advocates.
O crítico Robert Parker é considerado um dos mais importantes do mundo.
Os vinhos avaliados receberam nota igual ou superior a 90, classificação dada para vinhos de alta qualidade.
Os vinhos Tomero Petit Verdot 2006 e Vistalba Corte B 2005 receberam 90 pontos.
O Vistalba Corte A 2006 recebeu 91 pontos, enquanto, o Tomero Malbec Gran Reserva 2005 obteve a nota mais alta, 92 pontos.
Alguns desse vinhos já estão disponíveis para o público brasileiro como o Tomero Petit Verdot 2006 (R$ 114,00) e o Vistalba Corte A 2006 (R$ 224,00).

Domno do Brasil
Tel.: (54) 3388.3999
Site: http://www.domno.com.br/
Email: domno@domno.com.br

Emprestado - Novo Restaurante na Vila Madalena

A Vila Madalena ganha uma boa opção para quem gosta da cozinha brasileira contemporânea. O recém inaugurado Emprestado Restaurante reúne pratos da culinária brasileira de diversas regiões do país.
O desejo de conhecer a culinária brasileira regional foi a motivação do casal Nana e Renato ao viajar de Norte a Sul do Brasil selecionando os pratos que poderiam figurar no cardápio de seu restaurante batizado de Emprestado.
Variados sabores brasileiros como o baru, pequi, maturi, tambaqui, jambu e cupuaçu se juntam à banana, ao camarão, ao quentão, à tapioca e à outras delícias já bem conhecidas pelo paladar brasileiro.
Além dos pratos “emprestados” de chefs de várias cidades do país, o restaurante também oferece o cardápio “Pratos do Anfitrião” com algumas receitas próprias da culinária paulista. Para completar, o Emprestado também um menu de almoço executivo que varia a cada semana e traz delícias de todos os cantos do país.

EMPRESTADO
Rua Mourato Coelho 992
Tel: (11) 3034-0214

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dia das Crianças divertido na Amor aos Pedaços



A tradicional rede Amor aos Pedaços criar guloseimas presentes em todas as lojas até 12 de outubro.
A data mais esperada pela criançada é comemorada com muitas guloseimas e diversão na rede de doçarias. Caixinha com Cookies sortidos (cookies branco e ao leite, decorados com confeitos de chocolate, açúcar cristal, mini cereais de chocolate ou confeitos coloridos, 140g-R$23,90), novidade da rede e as Figuras Pão de melão de mel coberto com chocolate, branco ou ao leite, com pasta americana, glacê e figuras de açúcar, 70g-R$10,40), decorados com desenhos como: foguete, carrinho, menina e menino.
Já para reunir a garotada, o Bolo Brigadeiro Divertido, de chocolate recheado com bicho de pé, coberto com brigadeiro, confeitos de chocolate e figuras de chocolate branco e ao leite (bolo inteiro: 1kg - R$ 73,30; por fatia: 100g – R$8,60 ), promete deixar os pequenos entretidos por horas.
Os novos produtos encantarão tanto as crianças quanto seus pais.  E, se o dia estiver quente, os Picolés Dia das Crianças de chocolate ao leite e decorado com glacê e figuras festivas em açúcar (40g-R$8,80), é uma boa pedida.


AMOR AOS PEDAÇOS:
Site: www.amoraospedacos.com.br
SAC: 11 3506-2177
OUTRAS LOCALIDADES 0800-9402177

Kika Goldstein no Hotel Hilton São Paulo



A artista Kika Goldstein realizará amanhã, 01 de Outubro, às 20h, na galeria suspensa do Hotel Hilton São Paulo Morumbi,o vernissage das obras da coleção Metamorfoses e da nova fase de seu trabalho Planetas Distantes. "Essa exposição, que será uma pequena retrospectiva de 10 anos do meu trabalho. Quero mostrar como meu trabalho se transformou, ou metamorfoseou durante esse período, e que apesar das mudanças de temas, ainda se preservam características fortes como o uso de cores fortes e alegres e personagens caricatos. É muito importante passar uma mensagem boa, de alegria”, afirma Kika Goldstein, convidando a todos para visitarem sua exposição, que iluminará os painéis do Canvas.

Segundo a curadora Sanda Setti, responsável pela galeria do Canvas, hoje, Kika Goldstein conseguiu uma interação incrível entre cromatismo, estética, ilusão e equilíbrio, criando uma personalidade única e totalmente personalizada pela sua arte. “Será uma exposição divertida e colorida, caracterizando a nova geração de artistas que buscam técnica e equilíbrio mesclado ao bom humor e brincadeiras visuais”, afirma Sandra, ressaltando que esta exposição promete mudar a visão de muita gente em relação às artes.

Vernissage Kika Goldstein
Data: 01 de outubro, quinta feira
Horário: das 20h às 23h
Local: Espaço Cultural Canvas – Hotel Hilton São Paulo Morumbi
Av. das Nações Unidas, 12.901, Torre Leste – Brooklin Novo
Tels.: (11) 2845-0055/0050/0000
Site: www.canvasbarerestaurante.com.br

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Hotel Villa Mazzaropi em Campos de Jordão


O Hotel Villa Mazzaropi invadiu Campos de Jordão para a alegria da criançada. O famoso Villa Inglesa, um dos hoteis mais importantes de Campos do Jordão, há cinco meses foi totalmente restaurado para ficar mais moderno e aconchegante, com o cuidado especial de conservar toda a história e tradição dos mais de 60 anos deste que foi um dos ícones mais glamurosos da cidade. Todo o charme foi preservado, mas o novo Villa Mazzaropi ganhou conforto e sofisticação. São 37 apartamentos com calefação, ar condicionado quente e frio, televisor LCD 32 polegadas com canais de assinatura, telefone e cofre. Nos banheiros, os hóspedes do Villa Mazzaropi vão contar também com calefação e aquecedor de toalhas, como nos hotéis de luxo da Europa. Algumas unidades dispõem de banheira e varanda com vista para as montanhas. Em termos de infra-estrutura, o novo hotel conta com bar, sala de estar com lareira, restaurante com cozinha ao vivo, quadras e equipe de monitores. Aliás, o mesmo know-how que fez do Hotel Fazenda Mazzaropi em Taubaté um sucesso, vai ser todo levado para Campos do Jordão. A equipe de monitores oferece lazer para a criançada do amanhecer ao fim do dia, deixando os pais livres para curtir as delícias da cidade e do hotel. O hotel conta com piscina, saunas, quadras e cavalos, na antiga hípica, também totalmente restaurada.
Informações e reservas:(12) 3634 3429
Site: www.mazzaropi.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Garfadas de humor



Marco Luque é sucesso absoluto no CQC e na Stand Up Comedy Tamo Junto!, que já iniciou a segunda temporada no TUCA. Quando o assunto é culinária, opta por comidas saudáveis e adora experimentar pratos típicos de cada cidade brasileira que visita
Por Aroldo de Oliveira Fotos Raul Zito
O fator mais surpreendente de uma conversa cara a cara com o humorista Marco Luque é perceber que a arte de fazer rir é tão natural para ele quanto tomar um copo de água. O leitor vai concordar: sem mesmo mudar a expressão do rosto, Luque consegue fazer mais de 20 vozes completamente diferentes, divertindo-se e fazendo rir quem está ao lado, sem falar nos 14 hilários personagens que criou, como o taxista das estrelas Silas Simplesmente, ou o motoboy Jackson Faive. "Isso começou dentro da minha casa. Minha mãe foi uma grande incentivadora para que eu me tornasse um artista", diz ele, que é formado em artes plásticas e conta que a mãe também se diverte fazendo imitações.
Boleiro
Atualmente, o sucesso de Luque pode ser visto por milhões de pessoas. Ele compõe a equipe de humoristas do programa CQC, que vai ao ar todas as segundas-feiras na Band, e causa estardalhaço pela irreverência e pelos pitacos nos políticos em Brasília. "Já passamos poucas e boas nas investidas em Brasília. Mas nossa intenção não é denegrir, é fazer rir e ficar de olho no trabalho dos políticos", observa Marco, que além de compor a bancada do programa, com Marcelo Tas e Rafinha Bastos, faz inúmeras locuções para o programa utilizando, claro, a versatilidade de sua voz. Assistido hoje por milhões, a vida de Luque nem sempre foi mar de rosas. Ele, que já trabalhou como garçom e monitor de acampamento, por quase 10 anos foi jogador de futebol. "Me profissionalizei no Santo André e estagiei em dois times da Espanha", conta o ator, que jogava na posição de atacante, mas confessa que, apesar de rápido, não era lá um grande craque.
"Essa lei é a coisa mais linda do mundo. Nunca gostei muito de bares por causa do cigarro. Mas agora dá para frequentar numa boa e não sair com aquele cheiro terrível na roupa e no cabelo"
Cracaço mesmo é no palco. Trabalhou na Companhia dos Ícones e no Quarteto em ri maior. Participou do grupo Comédia ao Cubo, dublou filmes, foi locutor, fez diversas campanhas publicitárias, além de ter participado do seriado Carga Pesada da Rede Globo e do grupo Terça Insana, fazendo diversos personagens incríveis. Ainda esse ano poderá ser visto no cinema em dois trabalhos, ambos de Marcelo Galvão: Bellini e o Demônio e Rinha.
Após tanta experiência nos palcos, descobriu seu talento na Stand Up Comedy, contando histórias de sua vida de uma forma inusitada na temporada Tamo Junto!, no TUCA. No espetáculo, desfila assuntos do cotidiano para o público, e relembra histórias de alguns acontecimentos pessoais, proporcionando ao público uma noite divertidíssima. "O melhor do teatro é a entrega, eu me entrego para o público de uma forma maravilhosa, me divertindo junto com as pessoas. Presto atenção em tudo", diz. O sucesso da primeira temporada abriu, automaticamente, espaço para a segunda, que começa em setembro e vai até dezembro. Com a Stand Up Comedy Tamo Junto! Marco fez quase 100 apresentações em São Paulo e outros estados do Brasil, e já foi visto por cerca de 70 mil pessoas. "O stand up é ótimo, pois elimina a quarta parede, ou seja, falo direto com a plateia, sem rodeios. No palco, imponho meu estilo. Não paro, deito no chão, interpreto vozes, enfim, as pessoas riem o tempo todo", conta Luque, que tem mais de 300 mil seguidores no Twiter.
Em cada cidade, um prato
Até quando o assunto é gastronomia, o humorista fala com conhecimento de causa e comenta que adora experimentar pratos típicos de cada cidade que visita. "Se vou ao Pantanal, quero provar os peixes da região e as outras comidas típicas. Tem pessoas, como o Guilherme Uzeda, grande amigo do Terça Insana, que só come bife com fritas e arroz com feijão, onde quer que esteja", diz ele, aos risos. Na cozinha, Luque é bem menos arrojado do que quando está no palco. Sabe fazer o trivial: arroz, feijão, macarrão. Quando vai a restaurantes, opta por pratos mais saudáveis. "Sou muito saúde, gosto de peixe, legumes e apenas uma vez por semana arrisco comer um cheese-salada em casas como o Joakin's, Chico Hamburguer, Burdog ou Lanchonete da Cidade." Como adepto da geração saúde, comemora (e muito) a implantação da Lei Antifumo. "Essa lei é a coisa mais linda do mundo. Nunca gostei muito de bares por causa do cigarro. Odeio cigarro. Mas agora dá para ir numa boa e não sair com aquele cheiro terrível na roupa", comenta o humorista, frequentador assíduo de bares como o Filial, o Genésio e o Vaca Véia.
O prato preferido? Ele não titubeia e a irmã dele (que acompanha a entrevista) também é enfática: o estrogonofe. "Ele adora", diz Dani Luque, que, ao lado da mãe, cuida de perto da carreira de Marco Luque. Centrado e talentoso, Marco Luque tem uma relação cordial com o sucesso. "Não mudei meu jeito de ser, apesar de minha vida ter mudado. O reconhecimento é consequência do que tenho feito", observa. E completa: "Há alguns anos, recebi proposta de ir para a TV fazer programa de humor. Não topei porque meu trabalho no Terça Insana estava em ascensão. Se o caminho longo está bom, pra que encurtar? Hoje vejo que tomei a decisão certa, pois o sucesso acontece de forma gradual e, por meio do meu trabalho no teatro, surgiu a proposta do CQC, programa que topei fazer pela proposta diferenciada", conclui Luque, que é solteiro e não tem filhos. "Não dá para dar uma de superhomem sem ter uma capa", diverte-se.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Pati Piva oferece arte

A famosa Pati Piva, conhecida por produzir deliciosos e sofisticados chocolates, tem grandes novidades.
A badalada doceiria desenvolveu uma Edição Especial de Chocolates da artista Sonia Menna Barreto que foi lançada no dia 30 de Agosto com duração até dezembro de 2009.
As vitrines e as embalagens estão decoradas com o tema Sonia Menna Barreto e a edição de chocolates é apresentada em uma caixa contendo 16 bombons personalizados com desenhos e assinatura da artista que estarão à venda nas lojas de chocolate Pati Piva do Shopping Cidade Jardim, Oscar Freire e Daslu.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sabor e Vista no TERRAÇO ITÁLIA

Saborear um "menu dos deuses" no prédio mais alto e tradicional da cidade, o edifício Itália, é um privilegio que ninguém dispensa.
O Terraço Itália Restaurante, é um verdadeiro cartão de visita da cidade, o mais sofisticado ponto de encontro de celebridades e personalidades.
No topo do edificio, construído na década de 60, todos podem apreciar uma vista panorâmica deslumbrante de boa parte da cidade. 
O cardapio assinado pelo chef Samuel Olive revela supresas inesqueciveis como o Cordeiro com Pistache e Raviole de Queijo de Cabra ao Molho de Mirtilo ou Tortinha de Bacalhau com Risoto Negro, Aspargo e Tomate Cereja.
O restaurante é dividido em quatro ambientes, todos, sempre acompanhado de boa comida, embalados por diversos ritmos musicais e regados por uma completa carta de vinhos.
Terraço Itália Restaurante
Av. Ipiranga, 344 - 41º andar
Tel.: (11) 2189 2929

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Cozinha Mineira - Uai!!!

Foto Divulgação
Nesse feriado, a dica é um restaurante que oferece uma excelente cozinha brasileira, além de um atendimento de primeira.
A área externa é linda e possibilita um almoço agradável para toda a família. O cardápio traz delícias mineira. O ambiente é decorado com um fogão à lenha e móveis antigos.
Experimentem o leitão à pururuca, que acompanha couve, tutu e arroz, e o mexido, com arroz, feijão, carne seca desfiada, lombo, couve, ovo, queijo e banana à milanesa.
A técnica caseira é do chef Hélio de Oliveira Fernandes. Para acompanhar a comida, a casa serve cachaças da região de Salinas.

Xopotó
R. Doutor Fadlo Haidar, 136 - Vila Olímpia - São Paulo - SP.
Tel: (11) 3849-1267

Mario Cravo Neto revelou a Bahia para o mundo

"Sucesso é. poder fazer aquilo que quer!”; “No fundo... acredito que a fotografia é um auto-retrato”; “Não sei fazer nada forçado, eu apenas me envolvo” (dizia Mario Cravo)

Ele foi considerado – segundo os especialistas da área – um dos fotógrafos brasileiros mais valorizados e reconhecidos no exterior. Com a série de fotografias Odé, em tamanho 98 x 98 cm, seu trabalho já foi cotado nas galerias internacionais por US$ 30 mil, cada imagem!
A obra desse fotógrafo além de muito valiosa é formada por imagens impactantes – principalmente no que diz respeito à religião e a cultura afro. Conheça os mistérios e o talento de Mario Cravo Neto!

Por Rosana Araujo (homenagem a Mario Cravo Neto - entrevista fornecida em Jan/2009)
Fotos: Mario Cravo Neto


Tanto reconhecimento e talento, não tirou a humildade do artista Mario Cravo, onde que montou um estúdio num mezanino de madeira, em sua própria casa, localizada num bairro afastado de Salvador. “As pessoas falam. No fundo, a fotografia me deu oportunidade como dá a outros artistas do ramo para expor fora do País. Minha obra é valorizada porque minhas imagens são todas adicionadas, elas são parte de uma edição limitada – todas são numeradas, assinadas e datadas. Eu faço apenas 15 cópias de cada. Isso torna a fotografia e aquele objeto um pouco mais valioso. Não é porque é melhor ou é pior ao de outro artista. Trata-se de um fator quantitativo. É uma questão técnica!”, comenta o fotógrafo sobre o valor de suas obras.
Ele mesmo se define: um personagem misterioso, alternativo e, principalmente, poético. “Eu sou o que faço e faço o que sou”. Segundo ele toda a imagem que se fotografa, você se apropria. “Quando fotografo alguém, estou me colocando naquela pessoa, por causa da minha visão, da minha ótica, do meu ângulo. No momento em se fotografa e se faz um enquadramento daquele personagem ou daquele elemento, você faz fundamentado nas suas bases e nas crenças interiores”.
Mario Cravo exprime em suas fotografias muito do misticismo da Bahia. “Não diria puramente que sou um místico, mas meu trabalho é, pois a criação é a poesia, e ela é o único elemento que pode dar uma visão do misticismo Acho difícil definir onde reside o lado místico no meu trabalho e onde ele permanece dentro de mim. Um é o reflexo do outro! No fundo, no fundo, é algo que brota da intimidade de cada um”, explica.
Sua obra é rodeada de imagens forte e de personagens negros e rituais afros. “Somos frutos desta Bahia de todos os santos. Acho que conseguimos conciliar de uma forma, um tanto plausiva as etnias e religiosidade, o sincretismo religioso e essa mistura de raças. A presença do negro, do africano, é primordial na cultura baiana. Mas o que é o negro exatamente? Pra mim, não existe mais isso. No momento em que a coisa está tão misturada, o negro africano aqui já não é mais o negro que veio da África. Ele possui uma identidade própria. No entanto, eu gosto da coloração da pele negra, ela brilha mais. Com suor fica mais sensível, é mais sensual.”
OS elementos e representações do candomblé também são alvos fortes das lentes de Cravo Neto, além de vivenciá-los diariamente. Até mesmo alguns dos seus trabalhos foram oferendas para entidades. “A cidade de Salvador é um grande candomblé, as danças e as festas populares são exemplos disso. Todas as nossas festas populares são rituais sacros e profanos. De um lado, a Igreja, o cristianismo e, do outro lado, a religião afro. O candomblé, de uma forma ou de outra, é a instituição, é a matriz das manifestações populares. Nos últimos anos, eu me envolvi profundamente na temática do candomblé. Passei sete anos num terreiro fazendo obrigações, fotografando coisas ligadas aos rituais. Nunca tive essa oportunidade antes. O candomblé é a relação do homem com a natureza. No fundo, os orixás são forças da natureza – representam os rios, as matas, as plantas e o corpo. Isso já em nós, faz parte da nossa herança. Eu não creio que nada esteja fora da pessoa, creio que tudo está na cabeça do homem. É um processo que expressa o que está dentro de si através de uma ação criadora – como a fotografia, pintura, música. Veja todo o ritualismo da música baiana. Ela é fundamentada mais na nossa cultura afro-baiana, do que no cristianismo. Exemplos como Carlinhos Brown, Chiclete com Banana, Daniela Mercury, a maior parte das músicas está ligada a esta herança. A arte baiana nos oferece um momento de participação popular em grande escala, muito mais do que a arte erudita. É bem possível que estejamos neste momento transmitindo ao mundo, e às pessoas, um pouco desta riqueza; um pouco da natureza em si”, explica.
Cravo Neto também nos contou sobre o livro LARÓYÈ que foi dedicado ao Exu. “Não foi bem isso. Esse livro, LARÓYÈ, é uma saudação ao Exu. Esse orixá, para você ter uma idéia, é um personagem que sempre acompanhou a minha família, um elemento e personagem místico. Temos dois personagens, na Bahia, que sempre nos chamaram muita atenção. Isso vou falar em nome também do escultor Mario Cravo Junior (meu pai). Um é Cristo crucificado, sincretizado por Oxalá, a divindade do bem, da luz e da água; e Exu, que é a figura mediadora. Esse elemento é o criativo que aflora em todos nós. Exu, dentro do ritual, é uma outra questão. Porém, no momento em que você fotografa as pessoas na rua, as confusões, as brigas, o calor humano, você está dialogando com o Exu, que é uma entidade religiosa e, ao mesmo tempo, profana. Eu diria até que Exu é a nossa consciência. Ele tem os dois lados (o bem e o mal), mas não o cristão. O Exu na África é uma divindade ligada à sexualidade, é o patrono da sexualidade. E nada é mais sexual do que a cidade de Salvador. Eu devo ter aproximadamente 300 mil imagens no meu acervo, já que são 30 anos de trabalho de fotografia. Num certo momento, decidi fazer uma seleção de imagens que fossem uma seqüência em movimento no virar das páginas, não tinha nada a ver com Exu.”
Ele continua...
“Mas ele já estava presente naquele momento, cutucando e amaciando. Então, o que aconteceu? O trabalho ficou pronto e, quando consegui publicar, coloquei Exu na história. Nessa época, estudava como é a relação do Exu dentro da cultura Iorubá, na nossa cultura de candomblé. Foi aí que soube que Exu é o elemento que gerencia o movimento do corpo humano e seu interior, as suas funções vitais. Então resolvi juntar as duas coisas. Não tem imagens de culto, mas está ligado ao corpo e ao movimento dentro do espaço. No momento em que você tem uma ação que tem que ser empreendida, é preciso estar próximo dele.”
“Não vejo Exu somente dentro do ritual. Ele é uma energia interior criativa que todos nós temos. O meu fundamento religioso é esse. É colocar para fora o que eu creio. Só posso me expressar através da linguagem poética, que é a linguagem da expressão universal, das artes. Se não puder criar, minha vida não tem valor.”
Além de fotógrafo, Cravo Neto já fez trabalhos para o cinema na década de 70 com o superwood e a fazer experiências, quando estava envolvido com as artes conceituais, que é uma linguagem sem uma mídia específica – como a fotografia parada ou em seqüência, os objetos achados... coisas que você encontra dentro de um conceito e é também é escultor. “Fui criado numa casa no Rio Vermelho, onde meu pai tinha um estúdio. Lá passavam pessoas, personagens malucos, gente simples, intelectuais, poetas e artistas. Cresci dentro dessa atmosfera. Essa relação com as artes vem desde a minha infância. Comecei a me dedicar e praticar a escultura desde os 16 anos. Por incrível que possa parecer, a fotografia também. Eu pratico as duas atividades simultaneamente. Só após a década de 80 e no início da década 90 é que consegui a me dedicar mais à fotografia. Isso aconteceu por que chegou um momento em que comecei a dar mais importância para o aspecto profissional. A vida nos leva por caminhos estranhos. Os compromissos vão acontecendo. Mas continuo fazendo minhas pesquisas e trabalhos tridimensionais”.
Em 2008, o fotógrafo participou de exposições em Madrid e Londres. “Também fiz a mostra e o livro “A Flecha em Repouso”, na Galeria Paulo Darzé, em Salvador e, outras por aí...”, conta
Já para 2009, o artista conta que possui três importantes projetos. “Estarei envolvido em uma instalação no MAM BA por volta de abril, na Pinacoteca de São Paulo, e em agosto, um outro livro, que ainda não posso falar... Além disso, ainda estar e continuar vivo talvez não seja um projeto, mas por estar, nos lembramos de alguns momentos especiais”, finaliza.


Mario Cravo Neto nasceu dia 20 de Abril de 1947, em Salvador, Bahia. No ano de 1964, aos 17 anos, muda-se para a Alemanha, quando o seu pai, o escultor Mario Cravo Jr., participa do programa Artists in Residence, em Berlim. No mesmo período Cravo Neto dá início as suas experiências com escultura e fotografia. No ano de 1965 retorna ao Brasil, é premiado na I Bienal de Artes Plásticas da Bahia e, ainda naquele ano, faz sua primeira exposição individual. Entre 1968 e 1970, vive em Nova Iorque, onde estuda na Art Student League, sob a orientação do artista plástico Jack Krueger, um dos precursores da arte conceitual. Em 1970 publica sua primeira fotografia fora do Brasil no catálogo da exposição Information, Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.

PRÊMIOS:
2005 Artist of The Year, Associação Brasileira de Críticos de Arte, São Paulo1997 Prize Waterhouse, Panorama da Arte Brasileira 97/Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo1996 Premio Nacional de Fotografia 1996, Ministerio da Cultura,"FUNARTE", Rio de Janeiro1995 Best Photographer of the Year, Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo1980 Best Photographer of the Year, Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo1978 2.nd Prize for Sculpture at PANORAMA 78, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo1976 CORUJA DE OURO EMBRAFILME, Best Director of Photography of the Year 1976 with the film "UBIRAJARA", Rio de Janeiro1971 The Governor of the State of São Paulo Prize for Sculpture, IX Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo1965 Sculpture Prize at the I Bienal de Artes Plásticas da Bahia, Salvador.

LIVROS
FLECHA EM REPOUSO - Áries Editora, Salvador, Bahia, 2008

O TIGRE DE DAHOMEY – A Serpente de Whydah, Áries Editora, Salvador, Bahia, 2004.

TRANCE TERRITORIES, Verlag Das Wunderhorn, Heidelberg, 2004.

NA TERRA SOB MEUS PES, CCBB, Rio de Janeiro, 2003.

THE ETERNOW NOW, Áries Editora, Salvador, Bahia, 2002.

CRAVO NETO - Áries Editora, Salvador, Bahia, 2002

MARIO CRAVO NETO - Carla Sozzani Editore, Milano, 2001

LARÓYÈ - Áries Editora, Salvador, Bahia, 2000

SALVADOR - Áries Editora, Salvador, Bahia 1999

ESPAÇO CRAVO - Áries Editora, Salvador, Bahia 1998

MARIO CRAVO NETO -Áries Editora, Salvador, Bahia 1995

MARIO CRAVO NETO - Edition Stemmle, Zürich 1994

ANGOLA - Fundacão Emílio Odebrecht, Salvador, Bahia 1991

MARIO CRAVO NETO - Idea book Edicione, Milano 1987

EXVOTO - Áries Editora, Salvador, Bahia 1986

OS ESTRANHOS FILHOS DA CASA - Áries Editora, Salvador, Bahia 1985

A CIDADE DA BAHIA - Áries Editora, Salvador, Bahia 1984

CRAVO, Áries Editora, Salvador, Bahia 198

BAHIA - Rhodia/Raizes, São Paulo 1980


Mario Cravo Neto - Site: www.cravoneto.com.br

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Novidades do Canvas

Novo Chef! Jan Erik Fois, um ítalo-holandês apaixonado por descobrir novos ingredientes vai atuar no Canvas, um dos restaurantes mais estrelados da cidade, que apresenta a proposta diferenciada de culinária associada à arte.
Desde 2002 Erik trabalha na rede Hilton, nas unidades australianas de Sidney e Melbourne. Antes de vir ao Brasil, ele havia recebido, e recusado, a transferência para outros países. “Além do aspecto profissional, tenho a preocupação com a qualidade de vida que meu filho terá. Eu e minha esposa consideramos o Brasil um bom local para criar nosso bebê, pois São Paulo é uma grande metrópole, e a meu ver, oferece uma infraestrutura similar à de Londres, onde já morei”, afirma.
O menu de estreia está quase pronto. O Chef conta que a primeira coisa que fez quando cheguei ao Brasil foi provar os alimentos, para conhecer os ingredientes daqui. “Sou muito aberto a novos sabores, pois muitas vezes eles podem dar um toque diferenciado aos pratos”.
Erik estudou gastronomia durante cinco anos em Roterdã, além de ter feito outros cursos de especialização. “Tenho certeza de que a experiência aqui no Brasil vai ser muito benéfica, tanto pessoal quanto profissionalmente”, garante.

O Restaurante Canvas fica lcalizado dentro do Hilton São Paulo Morumbi, especializado em comida contemporânea, que oferece inovações gastronômicas e receitas criativas.
Av. das Nações Unidas, 12.901, Torre Leste – Brooklin Novo
Tel.: (11) 2845-0055/0050/0000

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Sucesso instantâneo

Casas especializadas em Lamen - prato bastante popular no dia-a-dia dos japoneses - são uma verdadeira febre no bairro da Liberdade, em São Paulo

Por Aroldo de Oliveira Fotos Daniel Cancini

Caldo encorpado e saboroso, enriquecido com manteiga, guarnição especial de milho verde tipo japonês e vieiras; além de algas, broto de bambu, carne de porco, cebolinha picada e broto de feijão
O bairro da Liberdade é mesmo um universo paralelo dentro da capital paulista. Lá, encontramos tradicionais armazéns de produtos japoneses, com inúmeros produtos típicos a preços mais em conta do que nos grandes empórios de importados. Isso sem falar nos karaokês, praças típicas orientais e um punhado de pequenos restaurantes interessantes e que servem clássicos pratos japoneses, chineses e coreanos.
Dentre essas especialidades clássicas, o Lamen é uma das atuais estrelas. Trata-se de um prato de origem chinesa, mas que se desenvolveu com mais intensidade no Japão, adaptando-se ao gosto dos japoneses e se estabelecendo com um estilo bem peculiar, tornando-se popular no dia-a-dia dos nipônicos, na chamada cultura do Lamen. No Japão, aliás, em qualquer esquina é possível encontrar uma casa de Lamen-ya, que atrai apaixonados pelo macarrão e pelo saboroso caldo - com os devidos acompanhamentos - no qual a massa é imersa.
O que é Lamen?
O prato se caracteriza pelo caldo apurado (que serve de base para todas as especialidades de Lamen), pelo macarrão de ótima elasticidade e qualidade (diferente do famoso macarrão instantâneo de pacote que conhecemos no Brasil), pelos sabores que podem ser solicitados (normalmente os restaurantes oferecem molhos de shoyu, misso e shio) e pela diversidade de acompanhamentos que ele pode agregar, como ovo, carne de porco, broto de bambu, algas, entre outros.
O macarrão é feito de farinha de trigo - sua matéria-prima principal - amassada e misturada com água contendo bicarbonato de sódio, carbonato de potássio e outros álcalis. O caldo que serve de base é extraído de ossos suínos e frangos e misturado a um molho composto de diversos condimentos. Cada restaurante especializado em Lamen tem suas peculiaridades, com variações nos ingredientes para o preparo do caldo, no método de preparação do molho e na espessura do macarrão.
Verdadeiro Lamen
No bairro da Liberdade há alguns restaurantes que só servem Lamen, de vários tipos e sabores, como o Kazu. A casa está aberta há pouco mais de um ano, é pequena, tem decoração caprichada e só utiliza equipamentos e ingredientes de ponta, tudo para fazer o melhor Lamen da região. "Nosso macarrão é importado do Japão, pois a qualidade é sensivelmente superior. Temos equipamentos próprios para a preparação do prato e uma cozinha funcional, onde tudo está integrado", destaca Mauricio Kanashiro, que comanda o Kazu. Ele é um estudioso desta especialidade, morou no Japão por dez anos e hoje faz faculdade de Gastronomia na FMU. Sua ambição é poder difundir a cultura do Lamen por aqui e, claro, tornar-se um grande chef. O Kazu, assim como outros restaurantes de Lamen da região, oferece os três sabores básicos: misso (pasta de soja condimentada), shio (significa sal em japonês) e shoyu. Destaque ainda para o pastel guioza (bem sequinho, crocante e saboroso) e o arroz, imperdível.
Assim como o Kazu, é bom lembrar que há outros bons restaurantes especializados em Lamen na Liberdade. O Aska, por exemplo, tem algumas peculiaridades. Está sempre lotado - no almoço e no jantar -, o dono não gosta que o cliente enrole muito na mesa, ou seja, sentou, pediu, comeu, pagou, saiu! Serve também fartos lamens e, assim como no Kazu - só que em proporção maior -, sua cozinha é totalmente aberta. Então, o melhor lugar do restaurante é mesmo o balcão. De lá, você pode visualizar toda a preparação artesanal.
No Rong He, a especialidade são as massas apimentadas do norte da China e o cliente pode assistir ao chef preparando a massa na hora - ele faz tudo na mão. Acima, o Chaomamian: macarrão apimentado com frutos do mar, carne suína e repolho
O restaurante Porque Sim, que fica na mesma rua do Kazu, tem outros pratos no cardápio, mas sua especialidade é mesmo o Lamen. Um dos diferenciais da casa, que já tem 10 anos, são as salas de karaokê, que podem ser reservadas por hora. As menores custam R$ 40 e as maiores R$ 60. Enquanto apreciam os lamens e as saborosas guiozas, a diversão está garantida até altas horas. Nos fins de semana a casa tem clientes até 5 horas da manhã.
Características dos lamens
Shoyu Lamen
É o Lamen mais popular. Seu caldo, com sabor tradicional de shoyu, tem temperos variáveis de região para região, podendo ser cozido combinado a uma composição delicada e leve à base de ossos de frango e vegetais, ou encorpado, à base de ossos suínos, suco de frutos do mar ou shoyu com saquê mirin.
Misso Lamen
Surgiu em Sapporo, na ilha de Hokkaido, em meados da década de 1950. Dos três tipos de Lamen, é o mais recente. Originalmente, o misso era um dos ingredientes usados como acompanhamento, mas passou a ser dissolvido no caldo. O atrativo é o caldo encorpado com acentuado sabor de misso.
Shio Lamen
Por ser temperado apenas com sal, sente-se diretamente o sabor proveniente do caldo. Ao contrário do shoyu e do misso, o sal não serve para acentuar o gosto final do caldo. Por conter teor de sal reduzido comparado ao shoyu e ao Misso Lamen, é adequado às pessoas com problemas de pressão e outras que se preocupam com o teor de sal na comida.


Serviço
Aska R. Galvão Bueno, 466 - Liberdade Tel.: (11) 3277 9682
Bueno Rua Galvão Bueno, 458 Tel.: 3203 2215
KazuR. Tomás Gonzaga, 51Liberdade - Tel.: (11) 3277 4286
Porque Sim R. Tomás Gonzaga, 75 - Liberdade Tel.: (11) 3277 1557
Rong He Massa Chinesa Rua da Glória, 622A Tel.: (11) 3275 1986

Azeite sofisticado

Para deixar qualquer prato ainda mais saboroso e sofisticado, a importadora Costazzurra trouxe para o Brasil o Azeite de Oliva Extravirgem Timpério com essências de trufas brancas, mais uma descoberta vinda da Itália que chega para somar na linha de produtos exclusivos da região de Molise da empresa, que agora conta com 35 itens entre: azeites, massas, vinhos e tartufos voltados para enogastronomia.
As trufas brancas são consideradas preciosidades pelos gourmets e chefes de cozinha, pois esta iguaria não é fácil de ser encontrada, ela nasce embaixo da terra, próximo às raízes de carvalhos e castanheiras. São localizadas através do faro de cachorros adestrados e depois são retiradas do solo pelos tartufaios, grandes conhecedores de trufas.
O azeite é um produto de grande importância para a cozinha mediterrânea e hoje em dia tem se tornado cada vez mais frequente na mesa dos brasileiros que o utilizam em preparo de assados, refogados, grelhados, tempero em saladas e também como adorno em pratos selecionados para dar aquele toque final à receita desenvolvida.

SAC Costazzurra (11) 3864-1533
Site www.costazzurra.com.br

O Famoso Filet do Moraes

O Filet do Moraes - Rei do Filet, se confunde com a própria história da Gastronomia Paulistana, sendo hoje um dos mais tradicionais restaurantes paulistas.
Tudo começou em 1914, quando Salvador Domingues Vidal, já falecido, montou um restaurante na Rua Conselheiro Crispiniano, cujo nome à época era Esplanadinha.
Tornou-se ponto de referência na noite, onde a clientela era composta por boêmios, que saiam do Avenida's Dancing, artistas, políticos e pela alta sociedade que afluía do Teatro Municipal, todos em busca do já afamado FILET DO MORAES...
Tão bom nesta época, quanto agora...
Em 1929 migrou para a Praça Júlio Mesquita 175, onde permanece até hoje...

Filet do Moraes:
Matriz - Pça Júlio Mesquita, 175 - São Paulo - SP
Tel.: 11 3221-8066
Filial - Alameda Santos, 1105
Tel.: 11 3287-6365
Site: www.filetdomoraes.com.br

domingo, 9 de agosto de 2009

Risoto de Polvo e Azeitonas Verdes

Fotos Mauro Holanda
Confira o Risoto de Polvo e Azeitonas Verdes no restaurante Così.
A Casa surgiu no endereço onde funcionava o extinto Famiglia Melilli, no bairro central da Santa Cecília. Em 2008, os proprietários venderam o ponto a Renato Carioni, ex-chef do badalado Cantaloup, e seu sócio, Leonardo Recalde.
Depois de uma ampla reforma, a dupla finalmente abriu, em março, o Così - que já nasce com personalidade.
O chef Carioni tem vasta experiência - o que inclui passagem pela estrelada Enoteca Pinchorri, em Florença. Em sua nova casa, dedicase a receitas italianas, sobretudo da Toscana.
Este risoto é um bom exemplo da competência do chef. O polvo tem cozimento à parte por duas horas com uma solução de água, verduras, legumes, vinho branco, sal e louro.
Depois, junta-se ao arroz (carnarolli) para compor o prato, que é finalizado com manteiga e queijo parmesão.

Così R. Barão de Tatuí, 302
Tel.: (11) 3826 5088

Profissão: Comer & beber

Perguntamos aos críticos Josimar Melo e Arnaldo Lorençato e ao especialista em fatos da história da culinária, J.A. Dias Lopes, tudo o que você sempre quis saber sobre o jornalismo focado na gastronomia, mas não tinha a quem consultar

Aroldo de Oliveira Foto Mauro Holanda

São 12h30 de uma quinta-feira. Enquanto a clientela começa a chegar a um badalado restaurante no bairro dos Jardins, em São Paulo, uma das mesas, no fundo do salão, já está ocupada por um homem que chegou à casa sozinho.
Os clientes, a maioria deles jovens executivos, socialites e um grupo de modelos, mal davam atenção aos itens do cardápio. Estavam ali para "verem e serem vistos" - como é comum em muitos points gastronômicos da cidade.
Mas o homem no fundo do salão não só observava atentamente o menu, como questionava o garçom sobre as opções, perguntava a respeito dos ingredientes e, de quebra, fazia anotações. Nem o maître nem o garçom (que mal sabia explicar os itens do cardápio) deram bola ao solitário que ocupava a mesa do fundo. Quase 13h e um dos sócios (aquele que não coloca o dinheiro, mas é como um relações-públicas do lugar) chega pomposo ao restaurante que abrira há dois meses.
Ao bater o olho na mesa do fundo do salão, veio a tensão: "Aquele não é o Josimar Melo, crítico da Folha?", perguntou o garotão ao amigo. Pois é, o solitário inquieto na mesa do fundo era mesmo Josimar, que além de crítico da Folha é diretor do site Basílico e autor de alguns títulos literários sobre culinária, incluindo o utilíssimo Guia Josimar Melo. "Faço isso há 20 anos, é natural que seja reconhecido em alguns lugares, mesmo que, claro, a intenção não seja essa.
Aliás, isso nunca atrapalhou e nem vai atrapalhar, pois não adianta o serviço estar excelente, acima da média, os talheres e a louça serem de primeira, pois a se a comida não for boa, os ingredientes não forem ideais, a avaliação não será positiva", diz. Ele completa: "Mesmo que seja reconhecido e que for paparicado, se o cozinheiro ou chef não for bom e os produtos não forem frescos, de nada vai ajudar o serviço estar impecável. E tem outra: faço isso há muito tempo e vou perceber se a minha mesa é bem atendida e a outra, do lado, está congelada", comenta.
Josimar é avesso a fazer reservas, mas, quando tem de fazê-lo, inventa nomes dos quais nem ele se lembra. E como a polêmica é sempre o lance de ser reconhecido, ele reafirma: "Em viagem à França, acompanhei um crítico do jornal Le Figaro a uma visita a um restaurante. Enquanto todos pensam que os críticos de lá são totalmente anônimos, percebi que não é verdade. Ele conversa com as pessoas, é reconhecido, faz até um programa de televisão no qual vai ao restaurante com uma câmera e mostra a comida, mas isso não atrapalha em nada o trabalho dele", observa Josimar.

Falar mal não está no roteiro
Muitas vezes, o crítico é mal visto por dar notas ruins a algumas casas e sair como vilão de restaurantes que acabam fechando. Josimar diz que não tem prazer em falar mal dos outros, mas precisa informar com correção os leitores sobre sua percepção dos restaurantes. "Tento fazer meu trabalho de forma objetiva, mais técnica possível, seguindo meus princípios de avaliar, sobretudo, a qualidade da comida.
Sou independente e tenho liberdade total para dar minha opinião, o que é fruto do prestígio que adquiri ao longo dos anos. Sou responsável e jamais tenho a intenção de prejudicar; pelo contrário, adoraria somente comer bem e visitar restaurantes geniais, mas isso não ocorre no dia a dia." Ele foi um dos precursores da crítica gastronômica. "Antes tudo era festa, obaoba. Não havia uma avaliação mais rígida por parte da imprensa", destaca.
Ele lembra ainda que, em alguns países, a crítica é tão dura que chega a ser cruel, tamanha é a ironia empregada nos textos: "Há críticos da Europa que chegam a ser sarcásticos. Em vez de dizer que o molho estava desequilibrado, o cara fala que o chef fez um molho especial para a sogra dele", diverte-se. A nova empreitada de Josimar Melo é o programa O Guia, que estreou recentemente pela National Geographic, aos domingos.
O jornalista gravou 13 episódios para a série que tem o objetivo de mostrar a cultura gastronômica de vários países do mundo, incluindo França, Inglaterra, Turquia, Argentina, Brasil. Na França, gravou com Alain Ducasse e, em Londres, visitou a casa da estrela-chef Nigella Lawson, conhecida pelas receitas caseiras que executa num programa de TV. Ele mostra também a comida de rua de várias partes do mundo. Quando não está trabalhando, Josimar gosta de cozinhar e comer o trivial: "Adoro arroz com feijão e um bife acebolado".

Sem amizades na cena gastronômica
O jeitão tranquilo e independente do jornalista Arnaldo Lorençato esconde, de certo modo, o poder que ele tem nas mãos. Ele é o editor de gastronomia da revista Veja São Paulo, publicação com a média de 350 mil exemplares semanais e nada menos do que um milhão de leitores. Muito poder? "Não acho que seja uma questão de poder. Claro que a revista tem responsabilidade nas opiniões e nos conceitos, pois muita gente a põe embaixo do braço para escolher aonde vai a partir das indicações que lá estão.
Por isso, minha independência deve ser total. Tanto que, apesar de manter relações cordiais, não tenho amigos no setor de restaurantes para não comprometer minhas avaliações", informa. Quanto aos critérios, ele não vai, por exemplo, a lugares recéminaugurados e, em suas visitas, observa desde a hora em que é recebido pelo manobrista até o momento de pagar a conta. "Visito uma média de 10 restaurantes por semana, visitas sobre as quais publico cerca de 52 críticas por ano. Quando o lugar está muito aquém, nem publicamos. Depois de algum tempo, revisito a casa para avaliar se melhorou e, aí sim, posso escrever algo", diz ele que é responsável pelos mais de 500 restaurantes da edição anual do especial Veja Beber e Comer, na qual um júri formado por personalidades escolhe os melhores de São Paulo.
Lorençato tem uma carreira sólida nesta área. Começou na própria Veja São Paulo, publicando sua primeira crítica em julho de 1992. Saiu da revista no ano de 2000 para editar as páginas de gastronomia do caderno Fim de Semana do jornal Gazeta Mercantil. Depois voltou à Veja São Paulo, onde está até hoje. Com o crescimento da área de culinária na cidade, cresceu também a publicação, que dá, toda semana, um roteiro de 100 restaurantes, 50 bares e comidinhas, além de lojas de vinhos.
Tanta credibilidade não impede que ele, hora ou outra, veja seu nome envolvido em polêmica. Recentemente, saiu uma crítica sua sobre o restaurante Dalva e Dito, casa comandada pelos chefs Alex Atala e Alain Poleto. A amigos e pessoas próximas, Atala comentou não ter gostado muito do texto - cuja crítica não foi das mais positivas - e isso acabou gerando até fofocas sobre uma possível saída de Lorençato da Veja São Paulo. "Quanta bobagem. Quando foi publicada a crítica ao Dalva e Dito, eu estava em férias. Só isso", enfatiza.

Pingue-Pongue com Arnaldo Lorençato
Quais os três mandamentos para uma crítica justa e objetiva?
1. Evitar endereços recém-inaugurados.
2. Experimentar vários pratos do cardápio, preparados com diferentes ingredientes e técnicas distintas. Assim, pode-se avaliar a perícia do chef.
3. Em caso de uma crítica negativa, indicar também as qualidades do restaurante analisado.
Quando vai visitar um restaurante, você sente na hora se aquela casa vai dar certo ou não?
Não. É impossível saber. Há casas que começam com grande sucesso e, pouco a pouco, perdem o viço e a clientela. O oposto também é verdadeiro. Alguns lugares amargam um início sem muita freguesia, evoluem e conseguem vencer pela qualidade.
Qual a influência dos jornalistas no sucesso ou fracasso de um restaurante?
A influência do crítico pode ser grande quando ele trabalha em um veículo de repercussão, mas, em especial, para o sucesso e não para o fracasso. Aliás, o fracasso vem da maneira como os proprietários administram seu negócio e investem no aprimoramento da cozinha e do serviço.
Que países são as maiores escolas culinárias do mundo e estão à frente do Brasil?
Grande escola culinária do Ocidente: França, hoje abalada pelo avanço espanhol. A Itália impressiona por sua difusão mundo afora; do Oriente: Japão. E não acredito nessa história de o Brasil estar à frente ou atrás de outras cozinhas. A gastronomia não pode ser colocada numa raia olímpica, não é competição.
Um país onde se come muito bem é...?
Um só? É muito pouco. França, Japão, Itália, Brasil, Portugal, Espanha, Argentina... Não exatamente nessa ordem, ok?
E de ter comido pratos como...?
Neste ano na França, a île flottante de trufas negras do restaurante Alexandre, em NimesGaron, na Provence. A sensação é de puro deleite. Não só pelo chef Michel Kayser ter transformado uma sobremesa clássica em prato salgado, mas pelas texturas que ele cria. O merengue trufado vem sobre um molho sedoso de cogumelo cèpe cozido docemente no caldo de galinha. Um prato inesquecível, servido somente entre setembro e abril.
A culinária brasileira é ...?
Um rico painel de sabores que não se resume à feijoada.
Desejo comer agora um saboroso...?
Marzipã feito por Maria Grammatico na pequena Erice, cidade medieval da Sicília.
Meu trabalho é...?
Provar buchada de bode no almoço e foie gras no jantar. Ou vice-versa.
Eu me divirto com...?
Livros e óperas em DVD, acompanhados de uma taça de vinho.
Da minha infância, me recordo de... ?
Biscoitos de amoníacos feitos pela minha avó Agostina, parecidos com bolacha champanhe.
E de ter comido coisas como...?
Esfihas de coalhada seca do Bar do Titio. Deliciosas, eram preparadas pela libanesa Nena num boteco que não existe mais em Pirajuí, cidade do interior de São Paulo, onde nasci.
Quais os principais fatores que levam um restaurante ao sucesso?
Não existem fórmulas mágicas para um restaurante dar certo. Mas a qualidade da cozinha e a eficiência no atendimento são fundamentais.
E ao fracasso?
Pratos feitos sem inspiração. Ambientes sem charme também podem derrubar uma casa.
Um filme favorito sobre gastronomia?
Comer, Beber, Viver.

O grande entrevistado é o prato
O que Arnaldo Lorençato mais gosta em seu trabalho é o caráter jornalístico da atividade, pois pode compartilhar as experiências com os leitores. "Costumo dizer que o meu grande entrevistado é o prato e, felizmente, não tenho restrição alimentar nenhuma. Como de tudo", diz. O jornalista evita falar de seus lugares preferidos na cidade: "Lamento apenas alguns que fecharam e dos quais eu gostava, como o Supra, o Mandalum (árabe) e o Cacciatore, uma cantina muito agradável", comenta.
O tempo é precioso para Lorençato. Além do trabalho na revista, ele, com mestrado em cinema, dá aulas desta matéria e de jornalismo gastronômico no Mackenzie. No pouco tempo livre, aproveita para ler, ir ao teatro, ver filmes e ouvir música. Entre os momentos mais importantes de sua carreira, ele cita duas viagens, ao Japão e à Rússia, resultado de convites que recebeu de importantes órgãos governamentais. Em Moscou, deu palestra sobre culinária brasileira após receber convite do Itamaraty em comemoração aos 180 anos de relações bilaterais Brasil-Rússia.
"Foi muito interessante. Participei inclusive de dois encontros com jornalistas de gastronomia na residência do embaixador Carlos Antonio da Rocha Paranhos." No Japão, ele recebeu uma bolsa da Fundação Japão (Convite a Personalidades Culturais - Japan Foundation Invitation Program For Cultural Leaders). "Permaneci 15 dias no país e visitei Tóquio, Kyoto, Osaka, Yokohama e Matsue, entre outras cidades, para conhecer a culinária feita no Japão", conta. Lorençato é o único autor brasileiro a participar do guia 1001 Foods You Must Try before You Die, publicado pela editora britânica Cassell Illustrated, em janeiro de 2008. Ele escreveu 22 verbetes sobre cupuaçu, castanha de caju e até sobre a farofa de formigas apreciada no Vale do Paraíba.

Em busca da história da culinária
J.A. Dias Lopes não é crítico gastronômico - e faz questão de ressaltar isso. Ele adora pesquisar saborosos fatos históricos da gastronomia e tornou-se um dos poucos jornalistas dessa área que se interessam mais pelo lado filosófico da comida. E o faz muito bem afinal, não começou ontem. Trabalhou por 23 anos na revista Veja, cobrindo todo tipo de pauta. "Mas gostava mesmo de fazer reportagens especiais sobre comida e vinhos", diz ele. Morou três anos na Itália, onde trabalhou como correspondente e aprimorou seus conhecimentos sobre culinária.
Mas o interesse maior surgiu mesmo quando descobriu, na Espanha, uma obra do espanhol Felipe Gonzales sobre a história universal da gastronomia. "Vim para o Brasil com aquilo na cabeça e daí surgiu a oportunidade de participar do projeto da revista Gula, publicação na qual eu poderia, por meio das matérias, explorar este lado histórico dos alimentos tão pouco enfatizado até então". Dias Lopes dirigiu a Gula até recentemente.
Agora está em nova empreitada. Lançou a revista Gosto e define os objetivos da publicação: "As revistas se preocupam muito com a comidaespetáculo. Só isso não vende. Meu interesse é resgatar a história dos pratos que se tornaram conhecidos no nosso dia a dia e de que pouca gente conhece os fatos. Quero falar com a alma das pessoas e fazê-las lembrar dos momentos importantes de suas vidas, que se passaram principalmente em torno de celebrações em torno da mesa", enfatiza. Gaúcho nascido quase na fronteira do Brasil com o Uruguai, J.A. Dias Lopes tira referências para o seu trabalho das inúmeras viagens que faz - principalmente para França e Itália - e dos livros que coleciona.

Mapa do Brasil
No Brasil, ele destaca duas grandes cozinhas: a do Espírito Santo e a do Pará. "Mas o prato mais espetacular é o Cuscuz Paulista, rico em história e sabor", observa. E completa: "A torta capixaba - um empadão grande - é outra das grandes iguarias nacionais." O jornalista adora as comidas regionais por serem descomplicadas. "Gosto de comida para morder, saborear. O movimento que Ferran Adrià criou, da cozinha molecular, é importante, mas é só um movimento e vai passar, como tantos outros", polemiza. Além da direção da revista Gosto, J.A. Dias Lopes escreve ainda uma coluna semanal para o jornal O Estado de S. Paulo.

Pingue-Pongue com Josimar Melo
Em sua opinião, que países são as maiores escolas culinárias do mundo e estão à frente do Brasil? Muitos países, em geral aqueles que têm grande orgulho de sua própria cozinha - e por isso a cultivam como uma dado da cultura nacional. Posso citar todos os do Mediterrâneo, tanto ao norte quanto ao sul do mar. Agora que a gastronomia está ganhando importância no mundo, países ricos estão também conseguindo andar rápido e recuperar o tempo perdido (embora ainda com muito chão a percorrer), como Estados Unidos e Inglaterra.
Quais os três mandamentos para uma crítica justa e objetiva?
Observar a qualidade dos ingredientes, verificar a correção técnica dos pratos (pontos de cozimento, temperaturas, harmonia de temperos etc.) e ter sensibilidade para captar os traços de talento, criatividade, genialidade que um chef possa apresentar.
Quando visita um restaurante, você sente na hora se aquela casa vai dar certo ou não?
Temos um certo olho clínico, importante em muitas profissões, para perceber o potencial de sucesso, mas nunca dá pra ter uma impressão conclusiva. Nem sempre este sucesso é associado à gastronomia. Alguns lugares têm boa comida, mas esbarram em problemas de localização, de ambiente, de público, de preço. A interação entre todos estes fatores é imponderável. Impossível ter certeza sobre o futuro de um restaurante, no máximo dá pra dar um palpite.
Qual a influência dos jornalistas no sucesso ou fracasso de uma casa?
Não é tão grande quanto parece. Os brasileiros lêem pouco, a tiragem dos jornais e revistas é pífia no Brasil, e muita gente lê tão distraidamente que nem percebe o que está lendo. Acho que os elogios ou críticas ajudam a dar confiança aos donos de restaurante, as críticas podem ajudá-lo a melhorar, mas acho que em relação ao público a crítica não é decisiva para lotar ou enterrar um restaurante.
Um país onde se come muito bem é...? E por lá você experimentou pratos como...?
... aquele onde se encontra a boa cozinha tanto nos grandes restaurantes gastronômicos quanto nos pequenos restaurantes populares, ou na rua. Portugal é um bom exemplo. Itália também. França também, mas ficou tão turística que é preciso saber onde comer (nem todo lugar é bom, pelo contrário).
A culinária brasileira é...?
... rica, mas pouco valorizada ainda pelo brasileiros, coisa que felizmente começa a mudar.
Desejo comer agora uma saborosa...
... feijoada.
Meu trabalho é...?
Como outro qualquer. Se a gente gosta, é gratificante, mesmo tendo altos e baixos.
Eu me divirto com...?
Cozinhando em casa.
Quais os principais fatores que levam um restaurante ao sucesso?
O fundamental é a cozinha. O resto é um mistério. É fácil dizer que deve ter um bom ambiente, um bom serviço, uma boa localização e bons preços, mas alguns têm tudo isso e naufragam, outros não têm e duram anos.
Qual a melhor refeição que já fez até hoje?
Difícil dizer, talvez tenha sido um jantar no Château de Saran, em Champagne, harmonizando um kaiseki (menu-degustação com produtos de época, com vários pratos, cada um com uma técnica diferente) preparado por um chef de Kyoto, harmonizando os pratos com diferentes safras de champagne Dom Pérignon.
Da minha infância, eu me recordo de...? E de ter comido coisas como...?
... comida do Nordeste, feita em casa pelo meu pai, e em certa época num restaurante do qual ele foi sócio em São Paulo, Cabeça Chata (de cozinha pernambucana). Entre os pratos, a feijoada nordestina, que lá é feita com feijão roxinho e leva legumes como abóbora, repolho, maxixe... Tem, portanto, mais cara de um cozido, coisa que a feijoada não deixa de ser.
Um filme favorito sobre gastronomia?
O óbvio, A Festa de Babette.

Pingue-Pongue com J.A. Dias Lopes
Que países são as maiores escolas culinárias do mundo?
Meu coração fica sempre dividido entre a França e Itália. A alta cozinha da França é realmente fantástica, não tem igual. Na Itália, há a chamada Cozinha Casalinga, uma comida caseira italiana, sem firulas, muito difícil de ser interpretada, pois os chefs devem executar os pratos com ingredientes básicos regionais, sem mascarar o sabor dos alimentos. Por isso a Itália faz o caminho inverso de outros países: enquanto em muitos lugares o chef tornouse a grande estrela, lá eles têm de lutar muito para conseguir espaço, pois os princípios são severos e é difícil um profissional se sobressair.
Quais os principais fatores que levam um restaurante ao sucesso?
É bom lembrar que não sou crítico gastronômico, mas a qualidade dos ingredientes é muito importante, sempre. Nenhum chef faz uma comida boa sem bons produtos. Tendo bons ingredientes, entra o talento do chef, ou seja, ele deve saber executar com excelência as sugestões do cardápio. Por último, um serviço à altura. Tendo esses três itens, um restaurante é bem sucedido.
Qual a influência dos jornalistas no sucesso ou fracasso de um restaurante?
Creio que a influência é grande, sobretudo quando a crítica é feita de maneira irresponsável. Mas quando o restaurante é bom, tem uma culinária diferenciada, é difícil não dar certo.
A culinária brasileira é...?
Um grande mosaico, um arquipélago com ilhas espetaculares, dentre as quais destaco a culinária capixaba e a paraense.
Desejo comer agora um saboroso...?
Cuscuz paulista, um grande prato que faz parte de nossa cultura.
Meu trabalho é...?
Como não sou crítico, meu interesse está sempre voltado para a história da culinária. A história do homem está intimamente ligada à história de sua cozinha, e vice versa.
Eu me divirto com...?
Lendo. Sou um leitor obstinado, tenho inúmeros livros e um dos meus grandes prazeres é mesmo a leitura.
Qual a melhor refeição que já fez até hoje?
As melhores refeições incluem também boa companhia. Uma coisa está ligada à outra. A melhor refeição que me recordo foi no Piemonte, na Itália, onde provei um divino ovo frito com trufas brancas. Maravilhoso. Recordo-me também de como era prazeroso tomar vinhos com meu tio, no sul do Brasil. Os vinhos podiam não ser os melhores do mundo, mas a hospitalidade dele era tão boa que tudo ficava incrível.
Da minha infância, eu me recordo de...? E de ter comido coisas como...?
Nasci na fronteira do Rio Grande do Sul e me lembro da rica gastronomia daquela região. Coisas que as pessoas nem imaginam - afinal, o sul é conhecido pelo churrasco. Mas lá tem uma cozinha rica em ingredientes, sabores e uma comida bastante nutritiva, tanto é que é uma das regiões brasileiras com maior expectativa de vida. Dentre os pratos de infância de que me lembro, destaque para uma sopa de trigo integral. Recordo-me de como era prazeroso mastigar os grãos bem consistentes. Este prato era como uma feijoada sem porco e com uma costeleta de cordeiro dentro do caldeirão. Deliciosa.
Filme favorito sobre gastronomia?
Como Água para Chocolate.